Três fatos que mostram como a ansiedade atrapalha sua autoestima.

30/10/2019

Quando pensamos em ansiedade, logo pensamos em crises de pânico, coração acelerado, nervosismo, situações mais "graves". Porém, a ansiedade pode se manifestar de forma "sutil" a ponto de não acharmos que certos comportamentos disfuncionais estão relacionados a essa emoção.

Imagem: Içara News
Imagem: Içara News

Uma dessas questões é a autoestima. A baixa autoestima está intimamente ligada à ansiedade e aqui vão três fatos que mostram isso:

- Dificuldade para dizer não: A pessoa ansiosa tem medo de dizer não devido à preocupações  e medos em relação ao outro. Medo de desagradar, de decepcionar, de achar que o outro ficará com raiva a ponto de não querer mais estar com você ou o simples fato de achar que precisa estar sempre disponível, são preocupações geradas pela ansiedade, ou seja, o medo em relação ao futuro. Como esse comportamento afeta diretamente a autoestima? A pessoa passa a se sentir constantemente impotente diante das situações, como se ela não fosse dona de suas vontades e escolhas e sempre manipulada pelos demais.

- Tomar decisões baseadas em opiniões alheias: A insegurança é um comportamento comum em quem sofre com a ansiedade. A preocupação constante de querer sempre fazer a coisa certa e a dificuldade de errar ou lidar com a imprevisibilidade, leva o ansioso a buscar opiniões para resolver seus problemas, mesmo quando já sabe como fazer isso. A consequência dessa atitude para a autoestima é a sensação de incapacidade em resolver problemas e o olhar para si de alguém que não é capaz de pensar por si só e confiar nas próprias decisões.

- Medo de fazer coisas novas: A ansiedade é a emoção relacionado ao medo do futuro e a pessoa com comportamentos ansiosos tem muito medo de arriscar, pois sempre irá pensar no pior que pode acontecer. Obviamente, existem decisões que são difíceis para quem sofre em maior ou menor grau com a ansiedade, como mudar a escolha de um curso em andamento, terminar um casamento, mudar de emprego. Porém, o ansioso tem uma constante sensação de fracasso por perceber que por vezes não arrisca em algumas situações que não são exatamente tão perigosas como parecem. O que colabora para uma visão de si como alguém que está vivendo de acordo com o " destino" ou "levado pela maré" e não  de acordo com as suas vontades, afetando diretamente sua autoestima.

Através desses três exemplos é possível perceber que autoestima vai muito além de se achar bonito ou cuidar da aparência, mas sim da percepção que a pessoa tem de si e dos seus comportamentos.

Na terapia cognitivo comportamental é possível desenvolver habilidades para melhorar sua autopercepção com estratégias e exercícios práticos. Não deixe de buscar ajuda, caso sinta necessidade.


Maiara Cristina Silva
Psicóloga CRP 06/136239


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